Na certeza da incerteza que lhe assombrava o espírito, ela recuou. Não queria avançar. O medo e a vontade confundiam-na. A vontade, o desejo faziam-na avançar, mas o medo, a angústia faziam-na parar.
Encontrava-se agora no início do labirinto. O labirinto do seu coração.O labirinto que teria que decifrar e percorrer para chegar aos seus sentimentos.
Sim! Sentia-se confusa!
Não sabia. Não tinha a certeza do que o seu coração lhe quereria dizer, lhe quereria transmitir.
Toda a sua a vida o amara. Toda a sua vida vivera para ele. Porque razão agora o seu sentimento por ele estaria a ser posto em causa? O Amor não deveria ser eterno?!
Decidiu avançar e tentar descobrir.
Avançou determinada e percorreu a primeira fila de arbustos e sentiu o cheio da terra acabada de ser beijada pela água da chuva. Adorava aquele odor. Adorava o cheiro da terra molhada. A chuva tinha partido e o Sol era agora o seu maior aliado. Virou a primeira esquina e suspirou de alívio...o percurso continuava. E foi caminhando com mais confiança.
Passou uma e mais uma fila. E, enquanto caminhava tocava ao de leve as sebes e sentia a suavidade das folhas semi-banhadas pela chuva. Lembrou-se do dia em que se conheceram. Também tinha chovido e também o Sol tinha surgido. Foi o dia que mais marcou toda a sua existência. Sim, nesse dia tinha sabido o que era o Amor. Tinha-se apaixonado.
O Sol penetrava agora pelas folhas verdes e as gotas brilhavam como se de pirilampos se tratassem. O caminho estava agora todo iluminado por pequenos focos de luzinhas brilhantes. Perante tal beleza que a inundava ela estremeceu e parou.
Será que no fim do labirinto íria ter a resposta que tanto procurava?
Por uns instantes pensou em recuar, por uns instantes desejou não querer saber a resposta. Um medo como nunca tinha sentido encheu-lhe a alma e imobilizou-a. Mas ela avançou e virou uma nova esquina e continou a caminhar guiada pelo odor da terra molhada e iluminada pelos pingentes das gotas da chuva.
Mas agora o caminho não tinha saída e viu-se em frente de uma enorme parede de folhas verdes e recordou-se das discussões e dos momentos menos bons, e à medida que o seu semblante se modificava também o Sol se escondia atrás das nuvens. As lágrimas teimaram em aparecer, mas ela não deixou que rolassem pelo seu rosto.
Recuou a passos largos e virou nova esquina. Desta vez, o caminho tinha saída, o odor tinha voltado e o Sol voltou a aparecer. E caminhou, caminhou, fila atrás de fila, esquina após esquina.
A ânsia de chegar ao fim era enorme agora.
Estava perto da resposta, não íria desistir agora!
Começou a correr, queria chegar ao centro, ao fim do labirinto. Era lá que estavam as suas respostas...
E eis que...no centro do labirinto, estava ele! À sua espera, de braços abertos, entregando todo o seu amor.
Ele era a sua resposta.
Era o seu Amor eterno.
Era a sua razão de viver.
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
Ele partiu...
A praia estava deserta. O Sol aproximava-se do horizonte levando com ele mais um dia! A brisa do vento ondulava-lhe o cabelo e os últimos raios de sol acariciavam-lhe a face! E ela permanecia sentada, inerte, em frente ao mar olhando para a garrafa que tinha na mão e para o papel que dentro dela habitava! Uma lágrima teimou em rolar pela face e ao mesmo tempo um sorriso soltava-se nos seus lábios. Recordava momentos vividos, momentos de amizade, de amor, de cumplicidade, de aventura! Ainda não tinha compreendido porque é que ele teria partido! Partiu sem nada dizer! Que teria ela feito? Que teria ela dito? Que teria ela não feito? Que teria ela não dito? Não compreendia, como tudo poderia ter acabado, assim, sem mais...
Um arrepio de angústia estremeceu o seu corpo e trouxe-a de volta à realidade! As mãos agora tapavam-lhe a face e o sol não conseguia penetrar nelas e aquecer-lhe a alma! As juras de amor que tinham feito dissipavam-se no ar levadas pelo vento. O ombro amigo com que sempre contou não estava lá mais! As conversas que tinham trocado ficaram para sempre seladas na memória de cada um! O silêncio que ambos decifravam tornara-se gritante!
Ele partiu! Partiu sómente! Sem nada dizer! Deixando-a desamparada, sem rumo, sem apoio e conforto! Ele partiu levando com ele o amor que tinham construido!
Agora sentia-se numa redoma de insegurança e sentia-se incapaz de lutar!
Faltava-lhe o apoio e a coragem dele!
Fixava agora a despedida do Sol!
A garrafa que segurava na mão iluminou-se como que por magia e lá dentro, numa simples folha, a mensagem que ela escrevera para ele! A mensagem que ela queria que ele recebesse!
O mar era a morada deles! O mar era o seu porto de abrigo e era nele que os pensamentos de ambos mergulhavam e renasciam. Ela tinha a certeza! Se lhe mandasse a mensagem na garrafa ele íria recebê-la, pois onde quer que ele estivesse ele procuraria o mar, onde mergulharia os seus sentimentos e onde libertaria as suas angústias. Ela tinha a certeza! Ele tinha partido, sómente, sem nada dizer!
Desenrolou a folha e releu o que tinha escrito e numa simples frase anunciou:
“Tanto que não te disse! Tanto que te queria ter dito!”
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
Contradições
terça-feira, 15 de fevereiro de 2011
Nunca te dês completamente
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
Ser Livre
Impulsos
Preencho a minha vida de impulsos.
Vivo a minha vida com impulsos.
Não deveria ser assim!
Deveria usar a razão
E não agir só com o coração!
Mas dentro de mim,
Há um fervilhar
De sentimentos e emoções,
Que iludem a razão
E enganam o coração!
Ajo sem pensar
Apenas por gostar
De algo ou de alguém
Sei que não é por mal apenas por bem.
Porque sou assim,
Uma alma gentil e carinhosa
Apenas ansiosa
Que os outros sintam o mesmo por mim!
Vivo a minha vida com impulsos.
Não deveria ser assim!
Deveria usar a razão
E não agir só com o coração!
Mas dentro de mim,
Há um fervilhar
De sentimentos e emoções,
Que iludem a razão
E enganam o coração!
Ajo sem pensar
Apenas por gostar
De algo ou de alguém
Sei que não é por mal apenas por bem.
Porque sou assim,
Uma alma gentil e carinhosa
Apenas ansiosa
Que os outros sintam o mesmo por mim!
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
Silêncio
Hoje acordei, acordei e abri a janela, o sol lá fora, o calor abrasador, o correr dos carros, das pessoas, o cão que ladra, o gato que mia, a obra que cresce, a criança que chora, os pássaros que cantam, o rádio do vizinho, tudo em perfeita sintonia num nascer de um dia!
E eu, e eu aqui, neste mundo de silêncio, impávido e sereno!
O silêncio que me involve é imenso e pequeno, não estou só, estou com o meu silêncio fervilhante de emoções e pensamentos, de pessoas que pululam na minha mente, de acontecimentos que me fazem gritar, chorar e rir, o silêncio!
Ah! O silêncio não existe, existe sómente uma quietude que nos arrefece a alma e nos faz elevar para uma paz plena.
Quantas vezes suplicamos por um pouco de quietude e quantas vezes gritamos em silêncio?!
Ah! O silêncio e a quietude!
Não silencies nunca as tuas palavras, as tuas emoções, os teus actos, porque assim nunca encontrarás a quietude que tanto procuras!
E o sol lá fora, o calor abrasador, o correr dos carros, das pessoas, o cão que ladra, o gato que mia, a obra que cresce, a criança que chora, os pássaros que cantam, o rádio do vizinho, tudo em perfeita sintonia num nascer de um dia!
E eu, e eu aqui, neste mundo de silêncio, impávido e sereno!
O silêncio que me involve é imenso e pequeno, não estou só, estou com o meu silêncio fervilhante de emoções e pensamentos, de pessoas que pululam na minha mente, de acontecimentos que me fazem gritar, chorar e rir, o silêncio!
Ah! O silêncio não existe, existe sómente uma quietude que nos arrefece a alma e nos faz elevar para uma paz plena.
Quantas vezes suplicamos por um pouco de quietude e quantas vezes gritamos em silêncio?!
Ah! O silêncio e a quietude!
Não silencies nunca as tuas palavras, as tuas emoções, os teus actos, porque assim nunca encontrarás a quietude que tanto procuras!
E o sol lá fora, o calor abrasador, o correr dos carros, das pessoas, o cão que ladra, o gato que mia, a obra que cresce, a criança que chora, os pássaros que cantam, o rádio do vizinho, tudo em perfeita sintonia num nascer de um dia!
terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
Texto para um amigo
Um amigo pediu-me pra lhe fazer um texto e surgiu isto:
Sinto-me nostálgica, mais do que eufórica. Mas dever-me-ia sentir eufórica e não nostálgica. Esta fase da minha vida, que se iniciou por um mal menor está a terminar, e, em breve, voltarei a sentir a minha rotina diária e voltarei ao meu mundo habitual! Por isso só deveria estar eufórica! Mas não estou! Estou melancólica! Esta fase que termina, trouxe momentos que jamais irei esquecer, momentos que me serão para sempre memoráveis. Fez-me viver e descobrir o quanto é bom estar viva e o quão grande pode ser o afecto de uma amizade! Fez-me sentir que ainda, existe, neste mundo, pessoas por descobrir, pessoas com muito valor e pelas quais se merece lutar e bem-querer. E o meu mal menor, fez-me conhecer-te e fez crescer entre nós uma amizade sem igual. Uma amizade na sua plenitude, onde o afecto e compreensão imperam! Por isso, me sinto melancólica, por ver que os nossos grandes momentos de amizade, as horas a fio que passamos a conversar findaram e se misturam agora no meu baú de recordações, onde vagueiam e não querem permanecer! Momentos que estão vivos demais e que querem negar a palavra saudade! Momentos que não querem morrer no esquecimento. Por isso, sinto-me nostálgica. Não quero sentir saudades desses momentos, quero continuar a vivê-los diariamente! E sinto receio! Sinto receio de os ter perdido e de não os recuperar! Por isso me sinto melancólica. Tu sabes! Tu percebes! No entanto, sei que a nossa amizade não vai terminar aqui. Aqui é antes o ponto de viragem, o ponto de partida para o engrandecer da nossa amizade! Por isso, Ruben, dedico-te esta minha carta. Estas palavras são para ti, Ruben! Quero agradecer a tua companhia sempre presente ao longo destes dias e acima de tudo dizer-te o quanto grata estou por ter sido presenteada com a tua amizade! Sou feliz por te ter como amigo! E sei que continuarei a ser feliz por poder contar com ela ao longo da minha vida! Obrigada por existires!Quero-te muito bem!
Sinto-me nostálgica, mais do que eufórica. Mas dever-me-ia sentir eufórica e não nostálgica. Esta fase da minha vida, que se iniciou por um mal menor está a terminar, e, em breve, voltarei a sentir a minha rotina diária e voltarei ao meu mundo habitual! Por isso só deveria estar eufórica! Mas não estou! Estou melancólica! Esta fase que termina, trouxe momentos que jamais irei esquecer, momentos que me serão para sempre memoráveis. Fez-me viver e descobrir o quanto é bom estar viva e o quão grande pode ser o afecto de uma amizade! Fez-me sentir que ainda, existe, neste mundo, pessoas por descobrir, pessoas com muito valor e pelas quais se merece lutar e bem-querer. E o meu mal menor, fez-me conhecer-te e fez crescer entre nós uma amizade sem igual. Uma amizade na sua plenitude, onde o afecto e compreensão imperam! Por isso, me sinto melancólica, por ver que os nossos grandes momentos de amizade, as horas a fio que passamos a conversar findaram e se misturam agora no meu baú de recordações, onde vagueiam e não querem permanecer! Momentos que estão vivos demais e que querem negar a palavra saudade! Momentos que não querem morrer no esquecimento. Por isso, sinto-me nostálgica. Não quero sentir saudades desses momentos, quero continuar a vivê-los diariamente! E sinto receio! Sinto receio de os ter perdido e de não os recuperar! Por isso me sinto melancólica. Tu sabes! Tu percebes! No entanto, sei que a nossa amizade não vai terminar aqui. Aqui é antes o ponto de viragem, o ponto de partida para o engrandecer da nossa amizade! Por isso, Ruben, dedico-te esta minha carta. Estas palavras são para ti, Ruben! Quero agradecer a tua companhia sempre presente ao longo destes dias e acima de tudo dizer-te o quanto grata estou por ter sido presenteada com a tua amizade! Sou feliz por te ter como amigo! E sei que continuarei a ser feliz por poder contar com ela ao longo da minha vida! Obrigada por existires!Quero-te muito bem!
Continuo a procurar-te
Abraça-me
Abraça-me!
Quero que me abraces! Peço-te!
Quero envolver-me num abraço teu sem fim!
Perder-me na sua sensação,
E sentir o seu poder,
Inundar o meu coração!
Quero abrigar-me das marés que me atormentam,
Refugiar-me dos maus momentos!
Sentir e acreditar,
Que não adianta gritar
E sofrer
Enquanto no mundo,
Houver uns braços como os teus para me envolver e proteger!
Abraça-me! ♥
Quero que me abraces! Peço-te!
Quero envolver-me num abraço teu sem fim!
Perder-me na sua sensação,
E sentir o seu poder,
Inundar o meu coração!
Quero abrigar-me das marés que me atormentam,
Refugiar-me dos maus momentos!
Sentir e acreditar,
Que não adianta gritar
E sofrer
Enquanto no mundo,
Houver uns braços como os teus para me envolver e proteger!
Abraça-me! ♥
Tu Sofocas-me
Tu sufocas-me!
Absorves-me!
Dá-me espaço!
Preciso de espaço!
Não me deixas respirar!
Prendes-me as asas
E eu quero voar!
Estás viciada
E eu não acho piada!
Eu não sou teu!
Eu sou meu!
Tu sufocas-me!
Sinto-me preso
Tens que me libertar!
E acreditar
Sómente
Que eu quero viver
Sem alguém me prender!
Eu sou assim,
Tu sabes que sim!
Mas tu sufocas-me!
Absorves-me!
Dá-me espaço!
Preciso de espaço!
Não me deixas respirar!
Prendes-me as asas
E eu quero voar!
Estás viciada
E eu não acho piada!
Eu não sou teu!
Eu sou meu!
Tu sufocas-me!
Sinto-me preso
Tens que me libertar!
E acreditar
Sómente
Que eu quero viver
Sem alguém me prender!
Eu sou assim,
Tu sabes que sim!
Mas tu sufocas-me!
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
A Primeira Imperssão
Quando te conheci, não sabia quem tu eras, quem tu querias que eu pensasse que eras, nem sabia quem tu pretendias ser na minha vida. Quando te conheci soube sómente o teu nome e nada mais. Sabes, aqueles conhecimentos que se vão tendo no decorrer da nossa vida, tipo, o amigo da amiga que também é amigo da amiga da minha amiga, enfim, todo esse percurso. Não sabia quem eras, mas para mim, passaste a ser, apenas, mais uma pessoa a quem eu teria que exercer toda a minha boa educação. Passarías a ser mais alguém a quem eu íria dar o bom dia , a boa tarde a boa noite conforme fosse a altura que nos cruzássemos independentemente do local. E assim foi. Nunca mais nos vimos.O teu nome, hoje já não me recordo bem, mas que importa isso, se a única troca de palavras que teria contigo não passaria apenas de uma mera formalidade? No entanto, estranhei quando, me chegou aos ouvidos a notícia que andavas mal, que andavas a cometer erros atrás de erros, que sofrias, que andavas a afastar todos à tua volta, que eras rude e insolente. Fiquei pensativa e tentei voltar atrás no tempo e lembrar-me do dia em que te conheci. Desse dia, trago de ti a lembrança de alguém com uma certa postura, afável e bem-disposta. Foram poucos os minutos que rodearam o nosso conhecimento, por isso, de ti guardo sómente uma boa lembrança. Até porque nunca mais te vi, nunca mais me cruzei contigo. Será que nem sempre o que é parece ser?! Porque teremos sempre a tendência para julgar alguém pela primeira aparência? É impossível julgar alguém por uns segundos ou uns minutos...e o que está por detrás dessa pessoa, o percurso que essa pessoa viveu não interessa? Não, não poderia permitir a mim mesma o pensamento de coitado, parecia-me ser tão boa pessoa! Quem me diria que nessa altura tu já não sofrias, não eras rude e insolente? E depois, e, se tu fosses assim tão negativo, não te íria cumprimentar, não íria conhecer-te, pôr-te-ía de lado, na prateleira dos intratáveis, dos “não quero saber quem é”? Respondi a mim mesma que não, que se me cruzasse contigo, te estenderia a mão e tentaria conhecer-te um pouco mais. Não porque soubesse que estarias a passar maus momentos, mas para me poder inteirar de quem tu realmente és, ou daquilo que tu queres que pensemos que és. Não é assim com toda a gente? Não tratamos as pessoas de maneira diferente? Não nos damos a conhecer mais a umas pessoas do que as outras? E porque é que agimos assim? Porque é que a primeira aparência tem que ser tão importante? Muitas vezes, ela, a primeira aparência, não é o espelho da nossa alma e mesmo assim ela é o nosso cartão de apresentação! Tu só te tornarás alguém especial e só ocuparás um lugar na minha vida quando eu te conhecer verdadeiramente, quando eu souber o que pensas, o que sentes, o que desejas, o que sofres, o que vives, o bom e o mau que há em ti. Para isso, teremos que caminhar mais um pouco, mas juntos, e os dias, os meses, os anos de caminho partilhado irão soltar em nós a amizade e aí sim, tu serás alguém na minha vida, porque, por enquanto, não passas de um desconhecido!
domingo, 6 de fevereiro de 2011
Valerá a pena?
Estava um dia de intenso calor. O mercúrio no termómetro deveria marcar uma temperatura absurda, os graus estavam apagados pelos anos que passaram e não o moveram daquele lugar pendurado na parede. Mas estava calor. Muito. Deveria estar. Era Verão. Deveria ser um dia como outro qualquer. Mas, hoje não, hoje o dia íria ser completamente diferente. Ela regressava a casa após uma manhã extenuante. Após ter andado a correr, de um lado para o outro, quase voando, tentando enganar e driblar o tempo que parecia correr indiferente. Finalmente chegara a hora e poder-se-ía entregar a um momento de preguiça. Ao momento que tanto ansiava. Subiu a rua, cumprimentou um, acenou a outro. Finalmente em casa. Hoje não ía trabalhar de tarde, tinha concedido a si mesma umas horas de repouso e tranquilidade. Andava cansada. O tempo para ela parecia escassear. Já não se lembrava da última vez que se tinha estendido no sofá e tinha ficado a contemplar o tecto. E o tecto tinha tanto para lhe contar. Era nele que projectava a sua vida, as suas recordações... Quantas vezes ela se tinha deitado naquele sofá e não tinha assistido ao filme da sua vida, porque os seus olhos teimavam em fechar-se. Hoje não. Tirara a tarde só para ela. Deitada, no sofá, fixava aquele écran branco, enorme, e, uma lágrima teimou rolar pela face quando viu passar na tela os pais, a irmã, a família, os amigos. Não conseguia compreender porque se sentia sempre tão só, amando tanta gente! À lágrima que teimava rolar pela face, juntou-se uma e depois outra e mais outra. Mas, ela não fez caso, não reparou sequer que se encontrava abalada, afinal era assim que vivia o seu dia-a-dia. Só e triste. Desviou o olhar e viu a planta que lhe tinham oferecido,ainda, há um mês, quando completou mais um aniversário. Suplicava-lhe por vida, lutava para viver. Esquecera-se de a regar... Então, apoderou-se dela uma dúvida estranha...que teria andado a fazer este tempo todo?! Porque é que não era feliz? Porque é que na sua casa onde reinava alegria, agora só existia tédio e solidão? Não se lembrava, sequer, da última gargalhada que tinha dado, da última vez que tinha saído, que tinha aberto os seus braços para o mundo. Lembrava-se sómente da hora de acordar e da hora de deitar. Sim! Porque, de resto, só vivia para a profissão! O ir a casa era temporário, era para se refrescar, mudar de vestuário e tomar uma refeição. Valeria a pena? Valerá a pena? E a festa da amiga que não foi? E os anos do pai? E o nascimento do sobrinho? E o amor do homem que ela deixou fugir? E o amigo que partiu sem ela se despedir? Sim! Será que valeu a pena? Valerá? Aquela tarde tornou-se num marco de viragem da sua vida. Prometeu a si mesma não abusar da profissão. Afinal a nossa vida é muito mais que isso. A nossa vida é o que se separa da nossa actividade profissional. A nossa vida é aquilo que temos quando regressamos a casa ao fim de um dia de trabalho. E é isso que temos que amar e viver! É nisso que nos temos que apoiar e é nessa vida que guardamos e vivemos os nossos melhores momentos. É A NOSSA VIDA! E isso...ela só percebeu naquela tarde.
Pedi uma prova de "amor" a um amigo e surgiu-lhe isto:
"Ritita desde que te conheci,
tens sido atenciosa, carinhosa
sinto que nunca te desiludi
minha ranhosa :c
Já ouvi muitas coisas sobre ti
Já vi muitas pessoas quererem ser como tu
Mas nada disso muda o que sinto aqui,
neste poema que fiz for u xD
És linda, querida, fofinha,
unica, minha filha especial,
Cada vez te conheço melhor Ritinha,
com tantas qualidades, nao me digas que te trato mal
Fiz um poema sobre ti
Com algumas qualidades
Tudo isto é sincero, really
And I love you é a maior verdade!"
Autoria só de: R ♥
tens sido atenciosa, carinhosa
sinto que nunca te desiludi
minha ranhosa :c
Já ouvi muitas coisas sobre ti
Já vi muitas pessoas quererem ser como tu
Mas nada disso muda o que sinto aqui,
neste poema que fiz for u xD
És linda, querida, fofinha,
unica, minha filha especial,
Cada vez te conheço melhor Ritinha,
com tantas qualidades, nao me digas que te trato mal
Fiz um poema sobre ti
Com algumas qualidades
Tudo isto é sincero, really
And I love you é a maior verdade!"
Autoria só de: R ♥
Subscrever:
Mensagens (Atom)